sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Ödön Lechner

(Mariana, este post é para ti.)

Este formoso senhor da foto é Ödön Lechner, e descobri hoje que é conhecido como o Gaudi de Budapeste.
O motivo da minha descoberta e interesse foi ter passado esta manhã por um belíssimo edifício de formas orgânicas, onde se situa o Royal Postal Savings Bank, numa das zonas mais bonitas da cidade. Infelizmente, o arquitecto não teve o reconhecimento merecido no seu tempo, somente tendo a possibilidade de construir três emblemáticos edifícios, sendo os restantes pequenas construções. Budapeste descobre-se ao deambular pelas ruas, aparentemente repetidas e simétricas, e a descobrir estes tesouros. É mais bonita a cada dia que passa.

Ficam aqui as fotos da sua obra:

 Royal Postal Savings Bank

 Royal Postal Savings Bank


Museum of Fine Arts

Museum of Fine Arts


Museum of Fine Arts


Institute of Geology


Institute of Geology


Este edifício é de outro arquitecto, Márkus Géza, e tenho de descobrir onde fica.



Ao som de: Little Wings - Look at What the Light Did Now

Sentir-me em casa II

num casamento, algures na Hungria

A resposta ao meu post anterior, encontro-a momentos depois entre as páginas de um livro.

"- Tenho saudades da minha casa, lá na Itália.
- Também eu gostava de ter um lugarzinho meu, onde pudesse chegar e me aconchegar.
- Não tem, Ana?- Não tenho? Não temos todas nós, as mulheres.
- Como não?
- Vocês, homens, vêm para casa, nós somos a casa."
Mia Coutto - O último voo do flamingo


Ao som de: CSN - Lady of the Island

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Sentir-me em casa

Limonada, Ankert

Demora tempo sentir-me em casa.

Já se começam a saber as ruas de cor, as ligações coloridas das linhas de metro. Já se sabe onde comprar fruta, onde tomar a melhor limonada, dizer obrigada e adeus. Mas até me sentir em casa é necessário mais. Para mim, é necessário ter visitas sem contar que a campainha toque, é preciso ter um punhado de pessoas com quem se possa rir às gargalhadas, até chorar, combinar não se fazer nada, passar a tarde a ver youtube e a comer pipocas, e aquela cerveja depois do trabalho para trocar confidências a desabafos, de rotina inconscientemente combinada.
Tenho os meus amigos e família noutros lugares do mundo. Acabei de ver um filme do Bacalhoeiro senti saudades daquelas noites de Lisboa. Aqui, os lugares ainda não têm significado. Tenho amor, tenho ruas bonitas, mas ainda demorará um pouco mais para chegar a casa.

Ao som de: Nara Leão - Não me diga adeus

domingo, 8 de setembro de 2013

Pontos para a Eslovénia


Hoje reparei que começo, aos poucos e poucos, a gostar cada vez mais de Budapeste. Mas a Eslovénia foi amor à primeira vista. Por isso resolvemos dedicar o passado fim de semana a visitar alguns locais ignorados numa primeira passagem. Passar a noite no camping Bled, e um regresso entusiasmado via Salzburgo (aqui as fronteiras são tão próximas que é desafiante passar só por mais um país, só mais uma cidade!)

Na ida passámos por Ljubljana, lá pela uma da manhã. À uma da manhã acontecem coisas estranhas em Ljubljana, que ainda assim merecem alguns pontos por criatividade:

  • Um homem a guiar uma bicicleta descalço, com uma boina escocesa e uma longa barba branca.
  • Um grupo de dançarinos embalados numa belíssima mazurca, debaixo de arcadas, à beira do rio.
  • Um senhor guardando uma centena de distintas estatuetas de barro em cima de um lençol, numa das pontes da cidade.

E ficam aqui mais umas fotos, do lago e de Vintgar Gorge, uma garganta escavada entre dois rochedos, ladeada de um caminho suspenso de madeira.










Ao som de: Mazurca