sábado, 26 de outubro de 2013

São João dos ciganos


Fenómenos estranhos acontecem em Budapeste...
Ontem, ao regressar a casa passo por um prédio com uma pilha de móveis à porta e uma velhota sentada numa cadeira. "deve ter sido desalojada", pensei. "coitada, não pagou a renda e puseram-na na rua"...
Mas mais à frente passo por outro monte de móveis, televisões, computadores, roupa... e depois outro, e mais outro... alguns com homens, sentados também em cadeiras, outros com grupos azafamados empilhando e desempilhando. Ao cair da noite uma confusão de carros e carrinhas na rua.
Perguntei a um amigo o que se estava a passar. "- Ah, o São João dos ciganos!" O que acontece é que cada bairro tem um trash day, permitindo aos moradores colocar todo o lixo na rua. Antes de vir o camião recolher, alguns ciganos proclamam-se reis de cada monte, sentando-se ao lado de cada pilha de lixo, ficando de guarda até virem familiares com carrinhas para o recolher. "se quiseres levar uma coisa do lixo, eles vendem-ta". Uma rebaldaria!

Berlim

Fomos passar uns dias a Berlim. Tempo de reencontrar velhos amigos e de, inevitavelmente, jogar ao jogo das comparações: "em Portugal é assim, em Berlim é assado, em Budapeste é diferente." Talvez seja um jogo preconceituoso, mas é interessante passar pelas ruas e olhar para as pessoas, como se exprimem, como se vestem, que hábitos têm. E de Berlim fica uma vontade: a de lá morar, um dia.












O meu caderno, vindo de Portugal, combinava com o estofo do metro

Uma basílica cheia de beijos

Estádio Olímpico, detallhe

empurrando um carrinho de bebés (a senhora de vermelho estava do lado de fora)






quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Encontro


Budapeste, detalhe

Festival de Músicos de rua - Vezprem

Cão - Ankert

Algo estranho acontece quando estamos longe - aproxima-nos de quem está longe, de quem outrora esteve tão perto mas afastado pela nossa rotina, pelos hábitos de deixar para amanhã. Aqui retoma-se contacto. O prático e previsto deixam de existir, revêm-se amizades de ontem e longos anos, pergunta-se como está, combinam-se visitas como se todas as cidades fossem nossas. Mas agora noutra página de nossas vidas - estamos já, de facto, todos noutra página. Não estamos?



Ao som de: David Thomas Broughton - Concrete Statement

domingo, 13 de outubro de 2013

Going up the country

Este fim de semana fomos ao countryside provar vinhos e conviver.  Consensulamente jantámos a melhor refeição húngara - um assado de carnes em forno de lenha. Partilhámos uma casa com dois caseiros, três crianças, um gato e um cão. Jogámos às cartas. Visitámos uma igreja de Nossa Senhora de Fátima, em construção, apresentada com orgulho como ponte entre Hungria e Portugal e futura dinamizadora da vila. Percorremos aldeias e planícies.

Há uma simplicidade nas terras da Hungria apenas surpreendida pela exuberância ardente das cores de Outono. Mudam-se os pontos de vista e os valores. Aqui interessa ar puro, caminhos de bicicleta, linha do horizonte. Aqui interessa contrariar a cidade nos dias de liberdade.






O nosso jantar a entrar no forno






Pequeno almoço Húngaro


Reflexos da "nossa" casa








O cão da casa












Sardinheiras em muitas janelas




O lago Balaton, o "mar" da Hungria


Um gatinho que por pouco não veio cá para casa




Veszprém





Ao som de: Canned Heat - Going Up The Country

sábado, 5 de outubro de 2013

Autumn leaves

Um dia no parque da cidade. Um bom dia para se apaixonar por Budapeste.











Ajvar








O que no Verão era um lago está em preparações para ser uma gigantesca pista de gelo
Ao som de: Beth Gibbons - Autumn Leaves