De volta a casa
De volta a tudo
À paredes brancas e
lençóis de algodão
À cama quente ao silêncio
de veludo.
À casa que tu és que eu
amo.
Eu volto para casa e
penso em ti.
Na minha mão um papel um
pedaço do que fomos
Num dia em que tudo o que
tocava era infinito
E nele continha todas as
promessas
Hoje toco e é apenas uma
folha de papel
É apenas uma mancha de
tinta e cores
Penso no que devo guardar
ou deitar fora
Decisões racionais sobre
coisas vazias
Que ganham e perdem
significado.
E eu, alegre e triste
Em ter pena de ter
perdido
Triste dos outros papéis
que não acumularei
Com letras e promessas
Tenho pena
Como tenho pena de morrer
um dia
E de perder os dias de
sol que se seguem
E os risos das pessoas
que crescem
Perder a é a nossa
constante
Deixar ir é aceitar.
Mas sem isso
Não beberíamos os beijos
como se fossem cascatas.
Não saberíamos amar como
voam as gaivotas.
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