quinta-feira, 28 de agosto de 2014

O que é contido



No fim é conosco que nos deitamos, todas as noites
É conosco que fechamos os olhos
No fim é o amor que recolhemos e carregamos cá dentro
Como um tesouro
Como se fôssemos arcas
Capazes de armazenar.

Mas no fim, afinal,
somos apenas a arca
Que se fecha
às vezes
(poucas vezes, essas!)
que se abre.

Singela e inteira.
Produzida em cadeia.
Repetida, numérica,
Aguardando sua chave.

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