sábado, 23 de maio de 2015

Junho



No fundo dos prantos
Debaixo dos mantos
Lisboa chama-me de voz mansinha

Com patas de gato
Do sol e do mato
Lisboa vem, feita andorinha

Eu quero morrer nas tuas sombras, Lisboa
São sombras quentes de pinheiro manso
E acordar ao sol feita sardinheira.

Em pátios onde as cores nascem diferentes
Ando eu pelo mundo e já não sou tua
Mas tu vais chamando, e por cada rua
Crescem em mim as tuas sementes.

E eu já não sei quanto mais consigo
Até voltar a abraçar teu abrigo. 

Por enquanto, trago-te comigo.

Sem comentários:

Enviar um comentário